Com a grande competitividade empresarial muitas vezes, as empresas tendem a reduzir preços para ampliar sua base de clientes e aumentar seu faturamento, mesmo que para isso tenham que reduzir seu ticket médio. O problema é que a diminuição no preço final não costuma ser feita com a minimização da margem de lucro, mas sim com a eliminação de custos, sejam eles fixos ou variáveis. Segundo especialistas, o ideal é que a soma de todos os custos não ultrapasse 30% do faturamento da organização.

O fato é que para enxugar despesas é preciso primeiro, entender o que são e quais as diferenças entre custo fixo e custo variável. E é justamente sobre isso que vamos falar agora: Custo fixo e variável: entenda o que são e como calcular os da sua empresa!

Custo fixo

Custo fixo é todo custo que é menos suscetível a apresentar variações em relação à produção. Não estamos dizendo que ele não possa variar de acordo com o que a empresa produz, mas apenas que ele é menos impactado pela atividade-fim da organização.

Por exemplo, se a empresa tem um custo com aluguel de um espaço no valor de R$ 3 mil/mês (espaço com capacidade de produção máxima de 5 mil itens de um determinado produto), tanto faz se a companhia produzirá 2, 3 ou 4 mil. Até um teto de 5 mil unidades fabricadas, seu aluguel vai continuar sendo R$ 3 mil. Entretanto, se a empresa crescer demais e passar a produzir 10 mil itens, será necessário dobrar o espaço da fábrica e aí, provavelmente, o custo com aluguel também será ampliado. Trata-se, portanto de um custo escalonado (o custo só varia em função da produção quando esta rompe um determinado patamar).

Em resumo: custo fixo dificilmente sofre alteração em função do volume de produção. Exemplos: os gastos com limpeza e conservação dos equipamentos; aluguéis; salários da equipe; pagamento de tributos; gastos com segurança, encargos sociais, despesas com contador e advogados, entre outros.

Despesas com água e energia são híbridas (fixa e variável, ao mesmo tempo). Isso se deve ao fato de que parte do valor dessas contas não será alterada em função do que a empresa produzir (energia gasta nos setores administrativos, por exemplo); outra parte, no entanto, vai variar sensivelmente em relação à produção (energia demandada com o funcionamento da fábrica). Vale lembrar, por fim, que a depreciação (desvalorização no valor de máquinas e equipamentos) está dentro dos custos fixos.

Custo variável

É a soma dos fatores variáveis da produção. Ou seja, esse custo é absolutamente sensível ao aumento da força produtiva. A matéria-prima, por exemplo: quanto mais a empresa produzir, mais ela vai precisar gastar com ela. Outros exemplos de custo variável são as comissões, mão de obra e fretes de vendas.

Mas qual a importância de calcular o custo fixo?

  • Ter subsídios reais para definição do preço final;
  • Imprescindível para a saúde financeira da organização: quando as vendas diminuem, os custos fixos são rateados em uma menor quantidade de produtos vendidos e o custo fixo unitário acaba ficando mais alto;
  • Base para elaboração de planos estratégicos de contenção de despesas;
  • Visão integral do “peso” da produção da empresa na redução de sua margem de lucro.

Como calcular o custo fixo total

O custo fixo total é simples de ser calculado. O mais importante é saber diferenciar cada elemento de despesa entre fixo ou variável. A partir daí somam-se os itens fixos (como IPTU, aluguel, telefone, folha de pagamento, limpeza, segurança, conservação, custo de materiais de escritório, pró-labore, contratação de serviços terceirizados, etc.). O somatório dessas despesas será o custo fixo total.

Cálculo do custo fixo médio

É preciso entender qual o peso que esse custo tem em relação à quantidade de material que é produzido, ou seja, o custo fixo médio. A fórmula, nesse caso, também é bastante simples. Vamos a um exemplo:

Imagine que sua empresa produza camisetas personalizadas. E vamos supor que nos seus custos fixos estejam o aluguel do espaço (R$ 2 mil), folha salarial (R$ 3 mil) e gastos com telefone (R$ 500,00). Vamos usar apenas esses elementos para fins didáticos.

O que deve ser feito para chegar ao custo fixo médio é:

  • Somar todos os custos fixos (5.500);
  • Determinar a quantidade de camisetas personalizadas produzidas (imagine, aqui, 700 itens ao mês);
  • Dividir o custo fixo total pela quantidade total de itens fabricados (5.500/ 700).

No nosso exemplo, o custo de fabricar cada camiseta personalizada é R$ 7,85. Percebeu como o cálculo do preço final depende do conhecimento desses dados?

Importância de uma solução automatizada

Já foi-se o tempo de gastar energia e capital intelectual acompanhando manualmente (ou por meio de planilhas) a variação dos custos e outros cálculos indispensáveis para a saúde financeira da empresa.

Especialmente porque existem no mercado, nos dias de hoje, poderosos gerenciadores financeiros que podem ser adquiridos a baixo custo através de mensalidade (modelo SaaS). Essa nova forma de consumir tecnologia tornou possível até aos microempreendedores profissionalizarem o controle de suas finanças.

Então... ficou claro do que se trata o custo fixo e variável e como calcular os da sua empresa? Que tal então continuar aprofundando seus conhecimentos para a gestão do seu MEI? Continue navegando pelo nosso blog e compartilhe conosco as suas dúvidas!