Dar um passo de cada vez, evoluir pouco a pouco, mas todos os dias, não atropelar as coisas nem pular etapas importantes, testar bastante, arriscar, acertar ou errar, corrigir rápido e seguir em frente. Essas e outras diversas dicas valem para qualquer pessoa que quer crescer e para a vida como um todo. Não por acaso, elas se aplicam muito bem no mundo do empreendedorismo também.
Neste cenário de começar pequeno, mas não parar de crescer nos negócios encontra-se a figura do MEI (Microempreendedor Individual). Sim, se sua atividade permitir e as características da sua empresa também, é sempre um bom início alavancar sua jornada empreendedora neste modelo de negócio. Porém, dando tudo certo, o crescimento virá. E aí surge a pergunta: até onde a minha MEI pode crescer?
Se você é ou está pensando em tornar-se um Microempreendedor Individual e já se fez essa pergunta, acompanhe este post até o final porque vai te interessar bastante. A ideia é você terminar a leitura com um cenário bem claro de como e até quando ser um MEI é o formato ideal para você e para sua empresa continuarem evoluindo.
Quando optar por abrir uma MEI?
Começar sua jornada empreendedora como um MEI pode ser um ótimo caminho. É o mais simplificado dos formatos empresariais e regimes tributários existentes. Você pode abrir sozinho em poucos passos pelo Portal do Empreendedor, paga uma taxa fixa mensal que varia entre R$ 50,00 e R$ 60,00 dependendo da sua atividade.
Apesar de não haver uma obrigatoriedade de se contratar um serviço de contabilidade, a lei diz que, para não ser tributado, deve-se fazer isso. Porém há alternativas com uma excelente relação custo-benefício hoje, em que se paga menos de R$ 50,00 mensais e ainda é possível ter um auxílio na parte de planejamento financeiro.
Então, quando optar pelo MEI? Bem, se a atividade que você vai desenvolver for permitida e o seu modelo de negócio é simplificado, sem sócios, com, no máximo, um colaborador, com uma receita previsível pré-estipulada, então ser um Microempreendedor Individual pode ser a melhor alternativa para começar.
Estou crescendo! Quando deixar de ser MEI?
O que todo empreendedor espera quando inicia seu negócio é crescer e crescer - como diz a expressão - até não poder mais. É o problema que todo mundo quer ter. Acontece que no caso do MEI, esse “até não poder mais” não é só uma expressão. De fato chega um momento em que não é mais possível estar enquadrado neste modelo de empresa mais simplificado, mas é importante entender quando isso ocorre. Então veja as situações mais comuns:
1. Faturamento aumentou
O MEI pode faturar anualmente R$ 81 mil, o que equivale a R$ 6.750,00 mensais. Se a quantia faturada nos últimos 12 meses ultrapassar em mais de 20% esses R$ 81 mil, então ocorre o desenquadramento deste formato. Portanto, esse é o primeiro ponto para se ter atenção. Afinal, como dissemos, a expectativa é sempre crescer e faturar mais.
2. Contratação de colaboradores
Outro impacto que ocorre com o crescimento da empresa é a necessidade de aumentar a equipe. Como MEI, o empresário pode contratar apenas um colaborador e pagando o teto da categoria. Se for preciso trazer mais gente para o time, então deve acontecer a mudança para Microempresa e o formato jurídico também.
3. Mais atividades
É comum acontecer também de ser necessário incluir outros CNAEs (atividades) no escopo de atuação do negócio. O mercado cresce e exige essa ampliação na empresa. Acontece que muitas atividades não são permitidas como MEI. Aí é possível que haja esse desenquadramento em função disso, dependendo do caso.
E se uma dessas situações acontecer?
Bem, novamente é aquilo que chamamos de um problema bom. Se você precisar deixar de ser MEI em função de qualquer um desses motivos de crescimento, terá que fazer uma transformação para Microempresa. Aí existe um processo de solicitar o desenquadramento na Junta Comercial e o enquadramento como Microempresa.
A partir deste momento, você passa a ter esse outro porte, podendo ser tributado pelo Simples Nacional e atuando como Empresário Individual, EIRELI ou Sociedade Limitada, caso tenha outro sócio. As vantagens, além do crescimento da empresa, é atuar em formato de negócio mais estruturado, com mais possibilidades de crescimento.
Então, você que é MEI, fique atento a essas situações. Se for necessário, conte com a Conube para te auxiliar neste processo de transformação. Bons negócios e muito sucesso!
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